terça-feira, 8 de novembro de 2011

Contar ou não contar.. eis a questão! Uma situação envolvendo a ética e a genética

       Maria, uma menina de 15 anos foi procurar o centro de pesquisa especializado em genética, por que tinha dois irmãos com distrofia muscular de Duchenne, uma doença neuromuscular progressiva e degenerativa, que afeta o sexo masculino. Meninos portadores começam aos três ou quatro anos a ter quedas freqüentes, devido à perda progressiva da musculatura. Aos poucos, essas dificuldades vão se agravando, de modo que os meninos perdem a capacidade de andar por volta dos dez anos de idade. A fraqueza continua progredindo e atinge os membros superiores, até que os pacientes se tornem totalmente dependentes para todas as atividades.
       Quando Maria veio fazer o aconselhamento genético, acompanhada de seus pais e de uma assistente social, já estava grávida. Queria saber se o embrião era do sexo masculino e, nesse caso, se teria a doença. O primeiro passo, antes de fazer o diagnóstico pré-natal, seria saber se Maria era ou não portadora da mutação. E, para isso, era necessário testar seu pai e sua mãe – para identificar qual cromossomo X ela havia herdado da sua mãe e qual do seu pai. O teste revelou que a adolescente grávida era portadora, portanto, havia o risco de 50% de que o futuro bebê se fosse do sexo masculino, também tivesse a doença.
A família era de origem muito simples, vinda de uma pequena cidade do interior. Logo após a consulta, a assistente social do posto de saúde que a acompanhava quis falar com a doutora em particular. Contou que havia um rumor na cidadezinha de que o pai do bebê não era o namorado de Maria, mas seu próprio pai biológico. A situação se complicava muito, pois, á probabilidade da distrofia muscular de Duchenne, se somavam os riscos resultantes de uma relação incestuosa. Ou seja, além dos problemas morais e jurídicos, o bebê tinha 50% de chance de apresentar tanto a distrofia como outras anomalias genéticas, por exemplo, doenças recessivas e doenças mentais.
       A primeira questão suscitada pela assistente social era se devíamos testar o feto para saber quem era o pai, já que esse não tinha sido o motivo da consulta. No caso da distrofia, o teste revelou que a menina havia herdado o gene da distrofia da mãe, portanto, tinha um risco de 50% de transmiti-lo para seus descendentes. O exame do feto mostrou que, felizmente, ele não tinha herdado esse gene. Mas será que deveríamos testá-lo para saber se era ou não resultante de incesto? Não era esse o motivo pelo qual a doutora havia sido procurada. Por outro lado, será que ela sabia do risco genético que o feto corria se realmente fosse resultante de uma relação incestuosa? Depois de muita discussão, decidiu-se que valeria a pena tentar descobrir. O teste realmente confirmou a suspeita e, numa conversa particular, Maria confessou que o pai tinha relações sexuais com ela escondido da mãe a menina não queria que a mãe soubesse em hipótese alguma. Então, o que fazer? Qualquer atitude para proteger Maria, ou tentar prevenir o nascimento de um feto com grande risco de ter uam doença genética, tornaria o teste público e acabaria com a família. Se contasse apenas para a mãe, estariam desrespeitando a confidencialidade do aconselhamento genético. Além disso, era o pai que sustentava a família, inclusive os dois filhos afetados (irmãos de Maria) e totalmente dependentes.

(Trecho extraído do livro “Genética - Escolhas Que Nossos Avós Não Faziam”. Mayana Zatz, editora Globo, 2011)

OS ALUNOS ENTREVISTARAM 52 PESSOAS COM IDADE SUPERIOR A 16 ANOS, SOBRE COMO PROCEDER NA SITUAÇÃO DESCRITA ACIMA: DEVE-SE CONTAR OU NÃO A VERDADE SOBRE A RELAÇÃO INCESTUOSA DESCOBERTA?

Pesquisa realizada pelos alunos:
nome: Felipe Camargo Turibio Nº 10

nome:Wiliam Moreno de Oliveira Nº39

nome: Gustavo Henrique Malavolta Nº 12
nome: Jean Botelho dos Santos Nº15        2ºC
 E.E. Profa Beathris Caixeiro Del Cistia - 2011

12 comentários:

  1. fiquei emocionada com essa história justamente porque tenho duas lindas filhas. acredito que a razão deve sempre prevalecer em tudo na vida. deus abençoe a tds.

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  2. Mesmo sendo o pai quem sustenta a família, ela deveria sim, contar a verdade, pois nada justifica a atitude dele, em ter relações sexuais com a própria filha escondido de sua esposa. Por outro lado, o sustento da família, que vem dele, ajuda na crianção de seus dois filhos afetados e dependentes dele. Mas ela deveria pelo menos tentar explicar esta situação, para tentar prevenir o nascimento do feto, pois este teria grandes chances de nascer afetado. Assim, ela poderia denunciar o pai e ter disponibilidade para arrumar algum emprego, para ajudar sua família .

    Mayara de Medeiros Rodrigues da Fonseca N° 25 2° C

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  3. sim,contaria o segredo,por mais que o finho fosse homem e teria 50% de chanse de ser afatato.


    priscila 2°c nº31

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  4. A verdade nesse caso é fundamental, pois caso a criança nasça com deficiências ela precisará muito de um apoio finaceiro e emocional da família, então é melhor que conte-se a verdade e tente enterromper a gravidez, com uma criança deficiênte em casa será muito mais difícil em termos finaceiro e psicológicos de que arranjar outro meio de sustento para a família.


    Nome: Tamires Nº37 Série: 2ºC

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  5. Deveria sim contar a verdade, pois o que ele fez com a filha dele é muito errado, não é uma atitude humana, e nada justifica que ele sustenta a família, por que tudo se dá um jeito e não pode ficar dependendo de marido, que fez coisa errada...
    Ele tem que resolver essa situação para que esse feto não nasce, para que no futuro não tenha outra criança afetada na família e pode poupar muito sofrimento...
    E tem que denuciar o pai pelo abuso sexual, pois a filha dele é uma adolescente e não tem como se defender..

    Natali Vicente nº 27 2ºC

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  6. sim,contaria o segredo,por mais que o filho fosse homem e teria 50% de chance de ser afetato.


    Priscila 2°c nº31

    dona escrevi errado

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  7. sim eu contaria pois a verdade vai ter que contar de qualquer maneira, pois se a criança nascer deficiente ela precisara de apoio financeiro, enfim é melhor contar a verdade para evitar que a menina fique gravida .
    MÔnica 2°C

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  8. NATÁLIA SILVA DOS SANTOS, N°28 2°C

    Sim, deveria contar a verdade para prevenir o nascimento de uma criança afetada por varias outras doenças. E depois eles arranjam outro meio de meio de sustentar a familia.

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  9. sim acho que a verdade é fundamental e a razão acima de tudo , por mais que a fámilia ia sofrer e o pai que sustenta a familia eu contaria pois no caso se trata de uma criança e a verdade sempre prevalece
    Nome:Leticia De Oliveira
    Série:2C
    N:23

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  10. nao devernos respeitas os sentimentos dos outros
    fagna dos santos n 09

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  11. Com certeza deveria contar, que nojo, não importa quem sustentava a familia..

    TATYANE MARIA Nº38 2ºC

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  12. Sim, deveria contar a verdade para prevenir o nascimento de uma criança afetada .
    independente de quem sustentava a família


    Gabriel Antunes da Costa Nº11 2ºC

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